domingo, 24 de abril de 2011

 

Smilodon

 © Amnh

O Smilodon, popularmente conhecido como Tigre-dentes-de-sabre, é um felino extinto, pertencente à subfamília Machairodontinae. Apesar de comum, esta nomenclatura é incorrecta, porque o Smilodon não é um antecessor do tigre, nem lhe está directamente associado. O smilodon é um dos mamíferos pré-históricos mais conhecidos, devido aos seus dentes que fascinam qualquer pessoa. Em sua época os tigres dentes de sabre estavam no topo da cadeia alimentar, mas esse "topo" era dividido com outros grandes predadores da época que com certeza competiam com o Smilodon por comida, como por exemplo os Dentes de Sabre Homotherium e o Xenosmilus, e com o Leão Americano.

Leão americano
© Avph

 Smilodon
© gatos e felinos

Surgiu no Plioceno, sendo provavelmente um descendente do dente de sabre mais antigo Megantereon, e viveu na América do Norte e América do Sul até há dez mil anos. O gênero Smilodon foi descrito em 1841 pelo naturalista dinamarquês Peter Wilhelm Lund, que encontrou os primeiros fósseis da espécie Smilodon populator nas cavernas de Lagoa Santa (Minas Gerais). Estes felinos variavam bastante em tamanho, mas a espécie maior, sul-americana, Smilodon populator tinha exemplares que mediam mais de três metros de comprimento e pesavam cerca de 400 quilogramas, sendo maiores e mais robustos do que um leão adulto.
© Rom-diz

Eram estritamente carnívoros, e os seus dentes caninos superiores podiam medir até vinte centímetros de comprimento. Possuiam uma articulação especial da mandíbula que a permitia abrir num ângulo de até 95°. Parece que este desenvolvimento dos caninos permitia ao animal, que possuía patas dianteiras extremamente musculosas para imobilizar a presa, dar uma mordida na garganta da sua vítima que rompia rapidamente os vasos sanguíneos e fechava a traquéia, acelerando a morte e evitando cuidadosamente uma mordida na coluna que faria com que os caninos se partissem ao chocarem-se contra ossos.
 © Web zoológico

Subsidiariamente, os incisivos destes animais encontravam-se projetados para a frente, para permitir-lhes cortar a carne de suas presas já mortas sem lesionar os seus caninos, o que fazia com que estes felinos apresentassem uma face mais comprida do que as espécies modernas do mesmo porte. Há evidências de que os Smilodon tivessem um comportamento de grupo, semelhante ao dos leões, dado que exemplares fósseis apresentam fraturas consolidadas, evidenciando que possam ter partilhado de presas abatidas por outros exemplares da espécie até se curarem de suas lesões e a maioria dos fósseis de Smilodon, em diversos estados de preservação.
© Museum CIS

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